quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sete empresas brasileiras na lista das 1.000 que mais investem em P&D

Sete empresas brasileiras na lista das 1.000 que mais investem em P&D:
Fonte: Inovação Tecnológica
As grandes empresas brasileiras estão investindo mais em inovação e conquistando mais espaço entre as companhias globais de capital aberto, segundo relatório da consultoria norte-americana Booz & Company.
Entre as mil firmas que mais investiram em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no ano passado, há sete brasileiras, duas a mais do que em 2010.
Com isso, a participação global do Brasil cresceu de 0,39% para 0,61%, totalizando US$ 3,7 bilhões em 2011, contra US$ 2,4 bilhões em 2010 - uma alta de 54%.
A 8ª edição do estudo Global Innovation 1000 mostra que, além das cinco empresas que já faziam parte da lista no ano anterior - Vale (81ª), Petrobras (92ª), CPFL Energia (634ª), Totvs (750ª) e Embraer (859ª), apareceram na nova relação a siderúrgica Gerdau, na 640ª posição, e a Companhia Paranaense de Energia (Copel), na 952ª colocação.
Empresas mais inovadoras do mundo
O gasto corporativo dessas mil empresas cresceu 9,6% em 2011, em relação a 2010, totalizando US$ 603 bilhões.
Segundo a consultoria, esse é o segundo ano consecutivo de elevação nos aportes, já que, em 2008 e 2009, houve uma queda decorrente da crise financeira mundial.
No topo do novo ranking, entre as que mais investem, estão duas empresas do setor automobilístico, quatro de saúde, três de eletrônicos e informática e uma de software e internet.
São elas: Toyota (1ª), Novartis (2ª), Roche (3ª), Pfizer (4ª), Microsoft (5ª), Samsung (6ª), Merck (7ª), Intel (8ª), General Motors (9ª), e Nokia (10ª).
O estudo constatou também que foram os setores de eletrônicos e informática, automotivo e industrial aqueles que mais contribuíram para o aumento de US$ 53 bilhões de 2010 para 2011, somando dois terços do total de gastos em P&D.
Já as companhias de eletrônicos e informática, saúde e automotiva foram as que mais aportaram recursos em P&D, com, respectivamente, 28%, 21% e 16% do total de gastos.
Correlação entre gasto e sucesso
O estudo, no entanto, demonstra que as empresas mais inovadoras raramente são aquelas que mais investem em P&D.
Um levantamento feito pela Booz & Company com 700 líderes do setor de inovação para saber quais firmas eles reconheciam como as mais inovadoras apresentou no topo as empresas Apple, Google e 3M.
"Como nos anos anteriores, não encontramos nos resultados do estudo uma correlação de longo prazo entre gastos com inovação e sucesso financeiro da empresa", disse Gustavo Roxo, sócio da Booz & Company, em material de divulgação enviado à imprensa. "Exemplo claro disso é que Apple, Google e 3M ficaram em 53º, 26º e 86º lugares, respectivamente, no ranking de gastos com P&D".
O relatório anual destaca que as dez empresas mais inovadoras, em comparação com as dez que mais investem em P&D, apresentam desempenho melhor em aumento de receita, em valorização de mercado e em lucro como porcentagem da receita.
Economias emergentes
Dois países da Ásia figuram mais uma vez com as maiores taxas de crescimento dos aportes em P&D.
A Índia e a China, consideradas conjuntamente pela Booz & Company, registraram uma alta de 27,2% no último ano, porém ambas partem de uma base de gastos menor em P&D.
Como a economia chinesa é muito maior que a indiana, a China contribuiu com mais de 90% dos gastos combinados em P&D dos dois países.
Enquanto a China tem 47 empresas no ranking das mil maiores, a Índia aparece apenas com nove firmas.
Entre as outras regiões, a América do Norte teve um crescimento de 9,7% nos aportes em P&D, enquanto a Europa cresceu apenas 5,4% e o Japão, apenas 2,4%. O resto do mundo registrou alta de 12,2% em 2011.

Conselho diretor aprova plano de investimento do FNDCT para 2013

Conselho diretor aprova plano de investimento do FNDCT para 2013:

As diretrizes para alocar os R$ 4,463 bilhões previstos para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em 2013 foram definidas nesta quinta-feira (22), em reunião de seu conselho diretor, no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Representantes do governo, da comunidade científica e do setor empresarial aprovaram o plano de investimento do próximo ano. As definições orientam os comitês gestores dos fundos setoriais, que se reúnem ao longo da primeira quinzena de dezembro.

“O FNDCT não é o nosso único fundo, mas é fundamental, porque seus projetos contemplam essencialmente a ampliação e a qualificação da base em ciência e tecnologia, além da subvenção econômica”, disse o titular do MCTI e presidente do fundo nacional, Marco Antonio Raupp. “A perspectiva é que 2013 seja um ano bom para o desenvolvimento de nossas atividades, porque temos a decisão da presidenta [Dilma Rousseff] de utilizar plenamente o fundo.”

De acordo com ministro, a pasta deve lançar mão de parcerias com outras áreas do governo federal para aumentar sua capacidade de investimento. “Agora, pelos nossos desafios, temos uma atitude de não usar só o FNDCT, mas também trabalhar junto a outros ministérios”, explicou. “Nesses dois últimos anos de atuação, o MCTI ficou marcado pela necessidade de agir transversalmente, uma vez que a política de ciência e tecnologia costuma estimular projetos em vários setores, com impacto direto no desenvolvimento econômico do país. Ao estabelecer essas parcerias, conseguimos mais recursos para a nossa atividade.”

Raupp destacou a recuperação do FNDCT, após restrições orçamentárias em 2011 e 2012. “Toda a nossa ação neste ano foi na linha de estancar esses cortes, e eu diria que eles foram atenuados por uma política agressiva, que começou em 2011”, avaliou. “Uma coisa muito importante foram os recursos financeiros que nós conseguimos quando houve manifestação das comunidades científica e empresarial. Isso sensibilizou e conscientizou o governo, puxado pela política do Plano Brasil Maior, na qual ciência, tecnologia e inovação aparece como um eixo estruturante ao desenvolvimento do país.”

“Esse volume de preocupações com a inovação, vindo de todos os lados, levou o governo, especialmente a presidenta da República, a aprovar o pleno uso do FNDCT”, completou Raupp. “Uma única vez na história desse país o FNDCT foi usado sem restrições – em 2010, último ano do governo Lula, após um ciclo preparatório de quatro anos, quando a execução subiu gradativamente.”

Diretrizes
Coube ao secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, apresentar o plano de investimento para 2013. “A ideia central é construir a estrutura, a espinha dorsal desses projetos, para que os comitês gestores decidam em dezembro”, disse. “Certamente, devemos garantir a interlocução entre o Plano Brasil Maior e a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.”
O vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Manoel Barral, e o diretor de Inovação da Finep – Agência Brasileira da Inovação, João De Negri, apresentaram balanços das ações do FNDCT no âmbito das duas agências de fomento do MCTI.
Participaram da reunião os presidentes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Angelo Padilha, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE, organização social supervisionada pelo MCTI), Mariano Laplane, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, entre outras personalidades.


Fonte: CNPQ