"O bem mais valioso hoje em dia não se comporta como os bens de antigamente.
Ele é rebelde. Ele não, Ela!
É a senhorita informação.
O bem econômico, a commodities dos últimos tempos. Certo?!
Pois a bichinha é expansível, isso quer dizer: quanto mais você usa mais ela cresce.
Já pensou se carro fosse assim?
Você compraria um carro de duas portas e de 8 válvulas e conforme fosse usando ele iria melhorando: para quatro portas, para 16 válvulas, etc..
A informação é assim: vai melhorando com o uso, igual panela velha.
A danada da informação ela é difusiva, sabe o que é?
Não dá para guardar em cofre, ela vaza.
E quanto mais sofisticada mais ela vaza. Igual fofoca, quanto maior a fofoca mais rápido todo mundo fica sabendo, não é?!
Você já percebeu que: o ouro não substitui a prata; a soja não substitui o petróleo?! Mas a informação substitui até gente.
Você viu por acaso o malote do dinheiro que chegou do exterior nas bolsas de valores hoje? Não viu?
Não chegou dinheiro, chegou a informação, substituindo o dinheiro.
Será que esse dinheiro existe ou será só informação?
Ela não precisa de porto, estrada e nem de avião porque são transportes muito lentos para ela. Desconhece as fronteiras físicas e transita em uma velocidade parecida com a da luz. Não tem passaporte e não reconhece os muros! Por que você acha que aquele muro foi derrubado? Porque não barrava o que tem importância hoje, ele ficou inútil.
E para desespero de todas as leis econômicas, esta senhorita informação, não admite ser trocada por nada, só topa ser partilhada. Quando eu compro o seu carro você fica sem ele, mas quando eu compro uma informação de você nós dois ficamos com ela e você ainda por cima com o meu dinheiro, entendeu? Porque aquele cara é o homem mais rico do mundo?
Enquanto a demanda é pequena por uma informação ela é muito cara, mas quando todo mundo resolve comprar ela fica barata igual chuchu na safra. Mais é que aí, quando todo mundo quer, essa informação, ela já é sucata. É que surge outra mais importante do que essa e que poucos querem.
A tal lei, portanto, foi mais ou menos revogada e por isso não mereceu até hoje uma edição extraordinária do conta-corrente.Tchau."
Assista o vídeo de Waldez Ludwig: